sábado, 22 de agosto de 2015


ESCUTAI AGORA


Escutai agora
seu canto submerso,
os muros que crescem
de silêncio e angústia,
seus lábios de pedra
que o orvalho não toca.

Nos umbrais da morte,
intranquilo e só,
ele está velando
a forma indecisa,
o corpo ondulante
da imaginação.

Coração já gasto
pelo esforço longo
de sobrevivência!

José Terra
(1928-2014)
In "Canto Submerso"

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