segunda-feira, 3 de agosto de 2015

 ESPERANÇA

 

Canto.
Mas o meu canto é triste.
Não sou capaz de nenhum outro, agora.
Uma ilusão,
Tolhida na amplidão
Que lhe sonhei...
Felizmente que sei
Cantar sem pressa.
Que sei recomeçar...
Que sei que há uma promessa
No acto de cantar...


Miguel Torga
(1907-1995)

Sem comentários:

Enviar um comentário