sábado, 25 de dezembro de 2010

Cristovam Pavia


QUE CADA PALAVRA


Que cada palavra trema dizendo
O que não pode ser dito.
E seja a poesia um violino de silêncio
Infinito:

E tu, poeta, vagabundo e despido,
Desprende-te do resto e deixa-os declamar
As vãs frases humanas. Não as ouças,
Vagabundo que passas cantando.

Cristovam Pavia
(1933-1968)

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