segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O VENTO

 Partirei, disse ela, sem norte
A  noite sob a lua é muito fria
Melhor seria, meu amor, de dia
Pois agora o céu é frio como a morte.
Então teve ela um ligeiro transporte
E chama em trovas de errante magia
Todos os filhos do vento forte.
Amado, abraça-me! até ele passar
Eu não partirei.Espera!
Assim esperei aqui por ela pois soube aceitar.
Mas se eu não segurar esse vento
No castelo do meu ser, lá dentro,
Sem ar, por sua ida, morrerei

Ezra Pound
(1885-1972)

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