domingo, 8 de junho de 2014

POEMAS DE DESILUSÃO E REVOLTA - I

Outra vez este desapego de tudo.
Outra vez
este olhar indiferente para tudo:
não encontrar na vida uma razão de viver.

Triste
encosto-me na janela
e olho a natureza livre.

Talvez valesse a pena ser árvore...

Talvez valesse a pena ser cão.

Tudo
menos andar amarrado uma vida inteira
aos preconceitos inúteis
duma civilização caduca.

João José Cochofel
(1919-1982)

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