quarta-feira, 11 de junho de 2014

 POEMAS DE DESILUSÃO E DE REVOLTA -III


Porquê
a expiação
de um mal que não cometemos?

Porquê
arrastar sempre a grilheta
de um crime que nunca foi?

Porquê?
andar conformado, submisso,
dando a desculpa a si próprio
da explicação de tudo
numa história, aliás bela,
mas estranha,
de serpentes e maçãs...

João José Cochofel
(1919-1982)


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