domingo, 1 de junho de 2014

POEMAS DE DESILUSÃO E DE REVOLTA

IV


Isto
 de ser o que se não é,
de andar sempre a mentir
(quantas vezes a nós próprios!)
tiranizados,
forçados,
chegando mesmo a esquecer
por vezes,
que somos bois debaixo de uma canga:
Isto,
juro-vos,
ainda há-de acabar.

João José Cochofel
(1919-1982)
In "Descoberta"
Coimbra Editora
(1945)

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