domingo, 12 de setembro de 2010

Edmundo de Bettencourt


NÃO MAIS REPOUSES

Com lágrimas da noite,
a flor do amor abriu.
Mas cego, em sua luz,
o sol não vence o frio.

No florido jardim desta prisão,
é gelo de ironia a primavera.

Anda ligeiro, não mais repouses, coração,
que a liberdade sofre e chora à nossa espera.

Edmundo De Bettencourt (1889-1973)

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