Bastou aquele gesto.
Bastou aquele gesto
Da tua mão tocar tão docemente a minha
Pra nascerem raízes
Que me prendem à terra e me alimentam
Nas horas mais vazias
Bastou aquele olhar
- O teu olhar tão brando, prolongando-se um pouco sobre o meu –
Para iluminar as noites em que a lua se esconde
E a escuridão envolve um mundo sem sentido.
Bastou esse teu jeito de sorrir,
Um sorriso em que vejo despontar a confiança
Na vida não vivida, nas emoções ainda não sentidas,
Nos passos que ressoam noutros passos
Bastaste tu.
Maria Eugénia Cunhal, in Silêncio de Vidro,
Nunca tinha lido nada de M. Eugénia Cunhal. É lindo!
ResponderEliminarLindo como tudo o que li de Maria Eugénia Cunhal.
ResponderEliminarObrigada!
Bjh. YR