DOBRANDO AS PALAVRAS...
Dobrando as palavras
em arco, ele sabe
que a alma está prestes
a partir, violenta.
Que a alma está prestes
a ser o que é:
chama branca e livre
consumindo a pele.
Puro sopro que
nós aprisionamos,
fragmento divino
que um dia se escapa.
Por isso ele está
vigilante e ansioso,
rodeado de olhos
e condenação.
José Terra
Do livro "Canto Submerso" (1956).
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