RUMO
Ergue-se do fundo
do mundo em mim
tudo o que penso.
Pensar é ir
e o que sou
alegremente
o aceito e quero.
Ao pé do imenso
espanto de existir
o resto é zero.
Tudo procuro
sem crer em nada
definitivo,
com o motivo
exacto e duro
de tudo querer
compreender.
Pensar é ir.
Ir é ser.
Armindo Rodrigues
(1904-1993)
In "A Esperança Desesperada"
1ª Edição de 1948
Com Dedicatória "Ao Carlos Oliveira e ao Joaquim Namorado"
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