Pede-se a uma criança. Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. a criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não está ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas.Umas numa direcção,outras noutras;umas mais carregadas,outras mais leves;umas mais fáceis,outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu.
Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais.
Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas:Uma flor!
As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!
Contudo,a palavra flor andou por dentro da criança, à procura das linhas com que faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas,ou todas.Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares,mas,são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!
Almada Negreiros.
antonia pozzi / reflexos
Há 53 minutos
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