sábado, 7 de novembro de 2015








CANÇÃO FINAL

As rosas de papel não são verdadeiras
e queimam
como a preocupação de uma sobrancelha, pensativa
ou a sensação de tacto numa camada de gelo.

As rosas de papel são, na verdade,
demasiadas quentes no meu peito.

 Jaime Gil de Biedma
(1929-1990)
Trad. de José Bento.

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