sábado, 7 de novembro de 2015

AS SUAS MÃOS AINDA ACODEM AOS MEUS SONHOS


As suas mãos ainda acodem aos meus sonhos antecipado-se a um
grito negro, a ferros ocultos no meu coração.

A minha velhice torce os seus ossos e queima os seus cabelos, a
minha velhice envolta numa pele húmida de amor

O seu olhar vem de países a que não irei nunca.

Sobre a minha pele fervem as suas lágrimas.

Antonio Gamoneda
Trad. de Jorge Melícias.

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