Onde porei o ouvido que não escute
minha voz a chamar-te?
E onde não escutar este silêncio
que te afasta lentamente triste?
Eu caminho as horas presenciadas
em nós por nós os dois.
Sei desse fruto maduro das vozes
em campos de setembro.
Sei da noite esbelta e já tão nua
em que nossos corpos eram um.
Sei do silêncio perante a gente obscura,
de calar este amor que é de outro modo.
Enquanto chove a ausência liberto
a escravidão de carne e a alma só
no ar suspende sua águia amorosa
que as nuvens pacíficas igualam.
Carlos Pellicer (1899-1978) - México
Trad. de José Bento.
In "Rosa do Mundo 2001 Poemas Para o Futuro"
minha voz a chamar-te?
E onde não escutar este silêncio
que te afasta lentamente triste?
Eu caminho as horas presenciadas
em nós por nós os dois.
Sei desse fruto maduro das vozes
em campos de setembro.
Sei da noite esbelta e já tão nua
em que nossos corpos eram um.
Sei do silêncio perante a gente obscura,
de calar este amor que é de outro modo.
Enquanto chove a ausência liberto
a escravidão de carne e a alma só
no ar suspende sua águia amorosa
que as nuvens pacíficas igualam.
Carlos Pellicer (1899-1978) - México
Trad. de José Bento.
In "Rosa do Mundo 2001 Poemas Para o Futuro"
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