CONTAS
Uma noite, quando a noite não acabava,
contei cada estrela no céu dos teus olhos;
e nessa noite em que nenhum astro brilhava
deste-me sóis e planetas aos molhos.
Nessa noite, que nenhum cometa incendiou,
fizemos a mais longa viagem do amor;
no teu corpo, onde o meu encalhou,
fiz o caminho de náufrago e navegador.
Tu és a ilha que todos desejaram,
a lagoa negra onde sonhei mergulhar,
e as lentas contas que os dedos contaram
por entre cabelos suspensos do ar -
nessa noite em que não houve madrugada
desfiando um terço sem deus nem tabuada.
Nuno Júdice
In "Contas x Contos x Cantos e Que +"
Tanussi Cardoso (Os olhos nos desvãos)
Há 28 minutos
Posso saber onde esta´a análise deste poema?
ResponderEliminarGostaria de saber onde é q está a interpretação deste poema. Obrigada.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarvao po crl
ResponderEliminarpor acaso posso saber onde está o raio da interpretação do poema
ResponderEliminarsó queria a métrica n encontro em lado nenhum...
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