PASSAMOS PELAS COISAS SEM AS VER.
Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos;
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos:
como frutos de sombra sem sabor
vamos caindo ao chão apodrecidos.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
antonia pozzi / reflexos
Há 1 hora
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