terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Poema.


Manhã

— Bom-dia. Diz-me um guarda.
Eu não ouço... apenas olho
das chaves o grande molho
parindo um riso na farda.

Vómito insuportável de ironia
Bom-dia, por que bom-dia?

Olhe, senhor guarda
(no fundo a minha boca rugia)
aqui é noite, ninguém mora,
deite esse bom-dia lá fora
porque lá fora é que é dia!


Luís Veiga Leitão

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