quinta-feira, 6 de novembro de 2014

DÁVIDA


Lá muito ao fundo
daquela estrada
uma luz cintila.
Será a vida?
A meio da noite
escura que existe
dentro de nós mesmos,
uma luz cintila.
Densa névoa envolve
minha sombra indecisa:
mas, pura, lá surge
a luz que cintila.
Tudo a vida nega
à sede antiga e ardente.
Só não se apaga nunca
a pequenina estrela.



Luís AMARO

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