domingo, 20 de fevereiro de 2011

Carlos de Oliveira


NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE


Não há machado que corte
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte

Se ao morrer o coração
Morresse a luz que lhe é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão

Nada apaga a luz que vive
No amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre

Carlos de Oliveira
(1921-1981)

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