terça-feira, 5 de agosto de 2014

DE PROFUNDIS

Agora, o meu país são dois palmos de chão
Para uma cova estreita e resignada.
Tem o formato exacto de um caixão.
Agora, o meu país é pó, é cinza, é nada.
Reduziram-no assim para caber na mão
Fechada!

29 de Julho de 1976

António Manuel Couto Viana
(1923-2010)

3 comentários:

  1. Gosto mesmo deste poema do Couto Viana! Não é um retrato magnífico de clareza e concisão? Pobre país o nosso...
    Continuação de boas férias:-))

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