domingo, 1 de janeiro de 2012

José Carlos Ary dos Santos


NA PASSAGEM DE UM ANO.


Erros nossos não são de toda a gente
Tropeçamos às vezes na entrega
Mas retomamos sempre a marcha em frente
Massa humana que nada desagrega.

Para nós o passado e o presente
São futuro no qual o povo pega
Com suas mãos de luz incandescente
Que aquece que deslumbra mas não cega.

Para nós não há tempo. O tempo é vento
Soprando ano após ano sobre a história
Que para nós é vida e não memória.

Por isso é que no tempo em movimento
Cada ano que passa é meu tempo
Para chegar ao tempo da vitória.

José Carlos Ary dos Santos
(1937-1984)

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