domingo, 16 de janeiro de 2011

Jorge de Sena


SINAIS DE FOGO

Sinais de fogo, os homens se despedem.
exaustos e tranquilos, destas cinzas frias.
E o vento que essas cinzas nos dispersa
não é de nós, mas é quem reacende
outros sinais ardendo na distância
um breve instante, gestos e palavras.
ansiosas brasas que se apagam logo.



Jorge de Sena
(1919-1978)
in "Visão Perpétua"
Julho/Agosto 1967

Sem comentários:

Enviar um comentário