sábado, 1 de agosto de 2009

Poema

(Noite estrelada de Vicente Van Gogh)
O ÚLTIMO POEMA

Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.


Bandeira, Manuel, 1886-1968

Sem comentários:

Enviar um comentário