QUE SENSIBILIDADE.
Que sensibilidade me sobe
da passada adolescência?
Que agudeza dos sentidos
me perturba a consciência?
Surge do desencanto
um mundo a que me abandono.
Tranquilo e caricioso
como um sol de Outono.
A cor, a luz, as formas,
sinto-as de coração novo!
Em tudo desconheço
uma experiência que renovo.
Como quem sai
duma longa doença,
deslumbrado e comovido
pela convalescença.
João José Cochofel
(1919-1982)
In "Os Dias Íntimos"
luís miguel nava / a preto e branco
Há 23 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário