" Lentamente o homem perde também a individualidade do pensamento.Não pensa por si: sobrevêm-lhe a preguiça do cérebro.Não tendo de formar o carácter,porque lhe é inútil e teria a todo o momento de o vergar;-não tendo de formar uma opinião porque lhe seria incómoda e teria a todo o momento de a calar,-costuma-se a viver sem carácter e sem opinião.Deixa de frequentar as ideias,perde o amor da educação.Cai na ignorância e na vileza. Não se respeitando a si,não respeita os outros:mente,atraiçoa,e habitua-se a medrar na intriga."
(Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão ,nas FARPAS , em 1871)