SILÊNCIO
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas
pelo silêncio fascinadas.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Eloy Sánchez Rosillo (Tarde de Junho)
Há 4 horas
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