INTERFERÊNCIA
Quem veio bater à minha porta? Quem?
Quem me fez abrir a janela e a noite morta?
O caminho estava deserto e o seu silêncio tinha horas.
Vento? Esta noite tem a paz e o sossego da morte.
Só eu e as estrelas sentíamos a solidão fantástica...
Nos ouvidos e na ansiedade guardei o rumor que chamou,
As minhas mãos tiveram a carícia doutras mãos perdidas
E uma companhia invisível acendeu uma luz na minha alma...
Alguém terá pensado em mim, longe?
Alberto de Serpa
(1906-1992)
Eloy Sánchez Rosillo (Tarde de Junho)
Há 4 horas
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