PARAGEM
Estou numa encruzilhada.
Tenho um caminho na frente,
E os meus dois braços abertos
Indicam mais dois caminhos.
Se eu soubesse qual dos três
Caminhos é o meu caminho!
Talvez o que vem bater
No meu peito e nos meus olhos...
Talvez aquele que vem
Apertar a minha mão...
Talvez o outro, -- quem sabe?
Dentro de mim, uma voz
Diz-me que só um caminho
Merecerá os meus passos.
Não me diz, porém, qual é.
E, para não perder tempo,
E dar passos escusados
Deixo o tempo ir passando...
Alberto de Serpa
(1906-1992)
Sem comentários:
Enviar um comentário