CASTELOS TOMBADOS
Altos castelos tombados
De sonhos desiludidos
Arquitecturas tamanhas
Tecidas por mãos estranhas
Juncam o chão.
Nasce outro dia
Sobre as ruínas de há pouco.
E no tempo
Essas ruínas tão grandes
De sonhos tão desmedidos
Fazem apenas figura
Dum grão de areia sem peso
Leve ao acaso do vento...
Adolfo Casais Monteiro
(1908-1972)
in "Líricas Portuguesas 2ªsérie de 1945"
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