EM QUALQUER PARTE UM HOMEM
Em qualquer parte um homem
discretamente morre.
Ergueu uma flor.
Levantou uma cidade.
Enquanto o sol perdura
ou uma nuvem passa
surge uma nova imagem.
Em qualquer parte um homem
abre o seu punho e ri.
António Ramos Rosa
in "O Grito Claro" 1958
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