CIDADE DOS OUTROS
Uma terrível atroz imensa
Desonestidade
Cobre a cidade
Há um murmúrio de combinações
Uma telegrafia
Sem gestos sem sinais sem fios
O mal procura o mal e ambos se entendem
Compram e vendem
E com um sabor de coisa morta
A cidade dos outros
Bate à nossa porta
Sophia de Mello Breyner Andresen
(1919-2004)
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