SOZINHO
Quando eu morrer m'envolva a Singeleza,
Vá sem Pompa a caminho do coval,
Acompanhe-me apenas a tristeza
Não vá do bronze o som de val'em val!
Chore o céu sobre mim de orvalho as bagas
Luz do sol-posto fulja em seu cristal,
Cantem-me o «dorme em paz» ao longe as vagas.
Gemente a viração entoe o «Amém»
Vá assim té ermas, afastadas plagas...
Lá.. fique eu só!
Não volte lá ninguém!
Ângelo de Lima
(1872-1921)
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