![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiddZX01Bi04lxbTuAPPXuzH-I70ODiWqCD6PnyKC5g-dzYQpRTL6oqEUQJlEUAHzr9C-7_PfJY1Ah9flf6fN4AIrMdasLIEdEpzIzSZ8hvRG4XcYS-nStiy2xGzmFZCrDhSGn6kgsDKBI/s320/images.jpg)
GOSTO DOS AMIGOS
Gosto dos amigos
Que modelam a vida
Sem interferir muito;
Os que apenas circulam
No hálito da fala
E apõem, de leve,
Um desenho às coisas.
Mas, porque há espaços desiguais
Entre quem são
E quem eles me parecem,
O meu agrado inclina-se
Para o mais reconciliado,
Ao acordar,
Com a sua última fraqueza;
O que menos se preside à vida
E, à nossa, preside
Deixando que o consuma
O núcleo incandescente
Dum silêncio votivo
De que um fumo de incenso
Nos liberta.
Sebastião Alba
Sem comentários:
Enviar um comentário