sexta-feira, 1 de julho de 2011
Ruy Cinatti
ALI, ONDE AS ROSAS...
Ali, onde as rosas se doavam
A quem, pousando a mão, se debruçasse,
Ficou uma saudade sem história
Nem dor... Só de alegria
O sentimento pleno a quem ousasse
Colhê-las na memória.
Ninguém perceberá morta a distância,
Nem o aroma breve que evolavam.
Só a saudade de uma luz perfeita,
Descendo na minha alma a minha vida,
Descobre, junto a uma pétala desfeita,
O teu olhar puríssimo.
Ruy Cinatti
(1915-1986)
In "Anoitecendo, a Vida Recomeça"
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