BASTA O PÓ
Daquele trovão, daquela
terrível labareda
que cresceu ante meus olhos,
para sempre ficou,
confundido no ar,
um pó de ódio, uma
cinza tristíssima
que caía e caía
sobre a terra, e ainda
me cai na memória,
em meu peito, nas folhas
do papel em que escrevo.
José Agustín Goytisolo
(1928-1990)
In "Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea"
Trad. de José Bento.
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