EPIGRAMA
Há só mar no meu País.
Não há terra que dê pão:
Mata-me de fome
A doce ilusão
De frutos como o sol.
Uma onda, outra onda,
O ritmo das ondas me embalou.
Há só mar no meu País:
E é ele quem diz,
É ele que sou.
Afonso Duarte
(1884-1958)
In "Obra poética"
(Guimarães Editores, Março de 1957)
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