LUZ
A mesurável condição humana,
quanto me exige! Quanto proclama
o seu poder em mim!
Tal submissão nem me redime
nem me liquida.
Não é renúncia sublime
nem carícia retribuída.
Não tenho eira nem beira,
vivo nas dobras da terra
e aceito quanto me dão.
Eis o meu nome: toupeira.
- E o meu olhar se descerra
apenas na escuridão.
Fernanda BOTELHO
(1926-2007)
joan margarit / idade vermelha
Há 12 horas
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