![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqOkMTvql-j5obPkc0GGe3oDCHBD-qn9RCTXEH8TZmpRCoO5JG6_uCFOo19g0SavUF95sz1r_DhopVVNkZM0MbJUvA9J5br5YQemAv7v6LsGjoxA0t5Gmjs4aVbwzI6o08K1NupuY8rAwH/s320/index.jpg)
COMPLETAS
A meu favor tenho o teu olhar
testemunhando por mim
perante juízes terríveis:
a morte, os amigos, os inimigos.
E aqueles que me assaltam
à noite na solidão do quarto
refugiam-se em fundos sítios dentro de mim
quando de manhã o teu olhar ilumina o quarto.
Protege-me com ele, com o teu olhar,
dos demónios da noite e das aflições do dia,
fala em voz alta, não deixes que adormeça,
afasta de mim o pecado da infelicidade.
Manuel António Pina
In "Poesia, Saudade da Prosa"
(uma antologia pessoal)
Sem comentários:
Enviar um comentário