Quem não a canta? Quem? Quem não a canta e sente?
-Chama que já passou mas que assim mesmo é chama…
A Saudade, eu a sinto infinda, confidente.
Que de longe me acena e me fascina e chama…
Mágoa de todo o mundo e que tem toda gente:
Uns sorrisos de mãe… uns sorrisos de dama…
Um segredo de amor que se desfaz e mente…
Quem não os teve? Quem? Quem não os teve e os ama?
Olhos postos ao léu, altívagos, à toa,
Quantas vezes tu mesmo, a cismar, de repente
Te ficaste gozando uma saudade boa?
Se vês que em teu passado uma saudade adeja,
-Faze que uma saudade a ti seja o presente!
-Faze que tua morte uma saudade seja!
Jorge de LIMA
(1895-1953)
Uns sorrisos de mãe… uns sorrisos de dama…
Um segredo de amor que se desfaz e mente…
Quem não os teve? Quem? Quem não os teve e os ama?
Olhos postos ao léu, altívagos, à toa,
Quantas vezes tu mesmo, a cismar, de repente
Te ficaste gozando uma saudade boa?
Se vês que em teu passado uma saudade adeja,
-Faze que uma saudade a ti seja o presente!
-Faze que tua morte uma saudade seja!
Jorge de LIMA
(1895-1953)
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