NA PROA
Este é o tempo de alargar o passo
a sair par o mar, rasgando o vento,
Homens, erguei os ombros
sonoramente, sob o sol que nasce.
Este é o mar, as armas são aquelas
que, estrepitosamente, se desfazem.
Homens, içai. erguei
de encontro à paz os inflamados mastros.
Espanha, coluna da minha alma. Unha
e carne da minha alma. Arranca-me
o teu cálice das mãos.
E amarra-as à tua cinta, minha mãe.
Blas de Otero
(1916-1979)
Trad. de José Bento
In "Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea"
joan margarit / idade vermelha
Há 6 horas
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