POEMAS DE DESILUSÃO E DE REVOLTA
IV
Isto
de ser o que se não é,
de andar sempre a mentir
(quantas vezes a nós próprios!)
tiranizados,
forçados,
chegando mesmo a esquecer
por vezes,
que somos bois debaixo de uma canga:
Isto,
juro-vos,
ainda há-de acabar.
João José Cochofel
(1919-1982)
In "Descoberta"
Coimbra Editora
(1945)
joan margarit / idade vermelha
Há 7 horas
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