segunda-feira, 3 de março de 2014

NOITES SEM NOME.

Noites sem nome, do tempo desligadas,
Solidão mais pura do que o fogo e a água,
Silêncio altíssimo e brilhante.

As imagens vivem e vão cantando libertadas
E no secreto murmurar de cada instante
Colhi a absolvição de toda a mágoa.

Sophia de Mello Breyner Andresen
(1919-2004)

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