segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Miguel Torga.
(Foto da Net)
Fado
Tem cada povo o seu fado
Já talhado
No livro da natureza.
Um destino reservado,
De riqueza,
De pobreza,
Consoante o chão lavrado.
E nada pode mudar
A fatal condenação.
No solo que lhe calhar,
A humana vegetação
Tem de viver, vegetar,
A cantar
Ou a chorar
Às grades dessa prisão.
Miguel Torga.
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