(Foto Fel de Cão)
Arritmia
A vida é lenta quando a morte tem pressa.
Faço ao corpo a promessa
De que vai acabar em breve o sofrimento
Que o turtura.
Mas , da sua clausura,
O coração,
Na cega obsessão
Com que nasceu,
Diz que não, diz que não,
A baralhar o tempo em cada pulsação
como um relógio que endoideceu.
Coimbra 6 de Janeiro de 1991
Miguel Torga
sábado, 23 de janeiro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário