CHAMO-TE. |
Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio E suportar é o tempo mais comprido. Peço-Te que venhas e me dês a liberdade, Que um só de Teus olhares me purifique e acabe. Há muitas coisas que não quero ver. Peço-Te que sejas o presente. Peço-Te que inundes tudo. E que o Teu reino antes do tempo venha E se derrame sobre a Terra Em Primavera feroz precipitado. Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) |
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
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